Máscaras para que vos quero | Rita Gama Vieira

0

Estamos em estado de emergência. Isso quer dizer que qualquer pessoa que saia de sua casa só o faz para:

– Trabalhar;

– Fazer compras de primeira necessidade;

– Alimentação, farmácia, gasolina;

– Fazer deslocações de primeira necessidade – ir ao hospital, levar comida a alguém que esteja isolado ou a um familiar.

Tudo isto deve ser feito respeitando um espaço de afastamento entre os poucos que se deslocam e, dado o limite agora imposto, esta é a massa mínima de população que conseguimos ter. Vamos ser muitos mais depois de sairmos do estado de emergência. Então este será o MAIOR momento de contenção em que poucas serão as migrações. Quanto mais nos contermos de uma só vez, MELHOR. Melhor para nós e para a nossa Economia.

Se toda a gente que sai de sua casa usar uma máscara, por mais manual que seja (já apareceram várias sugestões nos canais de informação mas poder-se-ia explicar novamente algumas boas soluções) evitará a possibilidade de contágio de alguém mas também dos espaços que percorrer e dos lugares onde permanecer, durante o tempo que estiver fora de casa.

Temos CONSCIÊNCIA que devemos guardar as máscaras cirúrgicas para quem tem contacto directo com as pessoas infectadas. No entanto, não sabemos se na fila do supermercado, farmácia ou autocarro está uma pessoa contagiada, ou já esteve, e não vamos poder saber porque não há testes suficientes, ao que acresce o factor tempo para viabilizar a execução dos mesmos. Também podemos ser nós os contagiados, pois nem toda a gente reage de igual maneira a este vírus, seja qual for a idade, e podemos ser fonte de contágio sem acusarmos sintomas relevantes. Ou estarmos a incubar o dito “bicho”.

Protegidos, neste momento de contenção, garantimos a maior das eficácias. Evitamos chegar à última e pior linha que é o Hospital.

Tal como se ensina e aprende a ler e a falar (que é tão complexo), o mesmo acontece com lavar as mãos (que é uma coisa tão simples)… e até somos “auto-suficientes” a montar móveis do IKEA (vejam bem!), como é que não havíamos de saber confeccionar uma máscara caseira seguindo um ou vários exemplos que nos mostrem? E porque não haveríamos de saber usá-la correctamente? Resumindo, se apanharmos uma chuvada torrencial vestidos ou com um mau impermeável, sempre estamos mais protegidos do que se estivermos nus.

E, quem senão, os jornalistas, influencers e personalidades públicas para lançar a moda da máscara bem inventada e bem usada? Exemplifiquem exaustivamente! E convençam os políticos a fazer o mesmo. A irem para conferências assim. Mostrem isso! Neste momento em que a informação bate todos os records de audiência e leitura, vocês são o exemplo para a maioria da população. Quando acabar o estado de emergência já há uma consciência colectiva e vamos estar nessa ACÇÃO – TODOS COM MÁSCARAS, na rua.

A juntar a esta medida, em vez de distribuir álcool gel às farmácias para venda da população indiscriminadamente, deveria ser distribuído aos estabelecimentos e empresas em funcionamento e com atendimento. É preciso usar o álcool à entrada e à saída. Menos propagação, claro.

Finalmente, que testes deveriam ser feitos? Podemos até já estar imunes! Pois podemos! Esse é o teste que deveria ser feito a todas as forças policiais, funcionários das cadeias e presos (antes de estes serem soltos). Sim, porque se estão imunes podem ficar onde estão. Menos um problema! Médicos, enfermeiros e pessoal hospitalar, de seguida. Todos os imunes, ao conhecerem este seu POTENCIAL poderão agir com muito mais eficácia e liberdade.

É disso que precisamos, de LIBERDADE! Sim, de LIBERDADE que não é aquela que tínhamos, frenética e sequiosa de lucro, em que o tempo para irmos à casa de banho (até esse!) já estava a ficar curto, durante a jornada. Nem da que temos ao ficar em casa, forçados a abrandar, no silêncio milagroso que se faz sentir nas cidades mas que nos faz compreender que liberdade não é não fazer nada ou fazer quando calhar. Liberdade é fazer o que se gosta mas AGORA com a consciência que tem que ser para NÓS E para o bem de todo O MUNDO.

 

rita gama vieira

Rita Gama Vieira

Mãe, arquitecta e pintora nas horas vagas

 

Deixe um comentário. Acreditamos na responsabilização das opiniões. Existe moderação de comentários. Os comentários anónimos ou de identificação confusa não serão aprovados, bem como os que contenham insultos, desinformação, publicidade, contenham discurso de ódio, apelem à violência ou promovam ideologias de menorização de outrém.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.