O encore da viagem, isto porque não estava inicialmente previsto na batuta do líder, foi o parque arqueológico de Angkor, em Siem Riep, no Camboja. Cidade turística, com a mística e os mistérios de Angkor Wat no topo do cartaz das festas – e no centro da bandeira nacional. Os granitos e matizes dos templos seculares contrastam com os néons eletrizantes da pub street
Impressionante o legado do império khmer, templos de granito a rasgarem selvas e céus, árvores seculares a abraçarem templos numa harmonia sufocante – duelo amistoso entre natureza e engenho – torreões seculares a atestarem o rigor da geometria sagrada, deuses em fúria ou seus avatares a apaziguar submundos ou animais místicos, upsaras ou bailarinas celestes, essas tágides mais a oriente. Mas mais impressionante ainda – surpreendente e comovente -, os sorrisos abertos e o humor apurado de um povo tão sofrido às mãos dos khmers vermelhos (como não quebrado depois do genocídio?), de guerras civis e entre nações, do drama das milhões de minas ainda existentes em território cambodjano.

Inicialmente hindu, dedicado a Vishnu, o Preservador, e depois budista, Angkor Wat é o ponto máximo do estilo clássico da arquitetura Khmer, a maior estrutura religiosa erguida. Foi construído pelo rei Suryavarman II, no começo do século XII, como o seu templo central e capital do seu reino, com recurso a geometria e matemática. No equinócio da primavera, o sol nasce no pináculo da torre central.




